quarta-feira, 8 de junho de 2011

Entendendo a estrutura de diretórios do Linux.



O primeiro choque para quem está vindo do Windows é a estrutura de diretórios do Linux, que não lembra em nada o que temos no Windows. Basicamente, no Windows temos os arquivos do sistema concentrados nas pastas Windows e Arquivos de programas e você pode criar e organizar suas pastas da forma que quiser.

No Linux é basicamente o contrário. O diretório raiz está tomado pelas pastas do sistema e espera-se que você armazene seus arquivos pessoais dentro da sua pasta no diretório /home.

Mas, as diferenças não param por aí. Para onde vão os programas que são instalados se não existe uma pasta central como a arquivos de programas? E para onde vão os arquivos de configuração se o Linux não possui nada semelhante ao registro do Windows?

A primeira coisa com que você precisa se habituar é que no Linux os discos e partições não aparecem necessariamente como unidades diferentes, como o C:, D:, E: do Windows. Tudo faz parte de um único diretório, chamado diretório raiz.

Dentro deste diretório temos não apenas todas as partições de disco, mas também o CD-ROM, drive de disquete e outros dispositivos.

Abrindo o Konqueror, você verá um estrutura como esta:


O diretório /bin armazena os executáveis de alguns comandos básicos do sistema, como o su, tar, cat, rm, pwd, etc. Geralmente isto soma de 5 a 7 MB, pouca coisa. O grosso dos programas ficam instalados dentro do diretório /usr (de "user"). Este é de longe o diretório com mais arquivos em qualquer distribuição Linux, pois é aqui que ficam os executáveis e bibliotecas de todos os principais programas. A pasta /usr/bin (bin de binário) por exemplo armazena cerca de 2.000 programas e atalhos para programas numa instalação típica do Mandrake. Se você tiver que chutar em que pasta está o executável de um programa qualquer, o melhor chute seria justamente a pasta /usr/bin :-).

Outro diretório populado é o /usr/lib, onde ficam armazenadas bibliotecas usadas pelos programas. As funções destas bibliotecas lembram um pouco a dos arquivos .dll no Windows. As bibliotecas com extensão .a são bibliotecas extáticas, enquanto as terminadas em .so.versão (xxx.so.1, yyy.so.3, etc.) são bibliotecas compartilhadas, usadas por vários programas e necessárias para instalar programas distribuídos em código fonte (os famosos arquivos .tar.gz, que veremos adiante).

Subindo de novo, a pasta /boot armazena (como era de se esperar) o Kernel e alguns arquivos usados pelo Lilo (ou grub, dependendo de qual você tiver instalado), que são carregados na fase inicial do boot. Estes arquivos são pequenos, geralmente ocupam menos de 5 MB. Versões antigas do Red Hat e de outras distribuições criam por default uma partição separada para o diretório /boot de cerca de 30 MB, posicionada no início do disco para evitar o limite de 1024 cilindros do Lilo. Isto não é necessário hoje em dia, pois nas versões atuais do Lilo este limite não existe mais. Apesar disso, alguns usuários preferem manter o /boot numa partição separada por questões de segurança. Assim, é possível os arquivos para se carregar automaticamente durante o boot. Quando se fala em particionamento, as possibilidades são muitas, existem até listas de discussão dedicadas exclusivamente ao assunto. Afinal, talvez usar o sistema de arquivos xxx na partição yyy possa melhorar em 0,0003% o desempenho do sistema... Tem gente que realmente se prende aos detalhes. :-)

Logo abaixo temos o diretório /dev, que é de longe o exemplo mais exótico de estrutura de diretório no Linux. Todos os arquivos contidos aqui. Como por exemplo /dev/hda, /dev/dsp, /dev/modem, etc. não são arquivos armazenados no HD, mas sim links para dispositivos de hardware. Por exemplo, todos os arquivos gravados no "arquivo" /dev/dsp serão reproduzidos pela placa de som, enquanto o "arquivo" /dev/ttyS0 contém os dados enviados pelo mouse (ou outro dispositivo conectado na porta serial 1). Esta organização visa facilitar a vida dos programadores, que podem acessar o Hardware do micro simplesmente fazendo seus programas lerem e gravarem em arquivos. Não é preciso nenhum comando esdrúxulo para tocar um arquivo em Wav, basta "copiá-lo" para o arquivo /dev/dsp, o resto do trabalho é feito pelo Kernel. O mesmo se aplica ao enviar um arquivo pela rede, ler as teclas do teclado ou os clicks do mouse e assim por diante.

O diretório /etc concentra os arquivos de configuração do sistema, substituindo de certa forma o registro do Windows. A vantagem é que enquanto o registro é uma espécie de caixa preta, os scripts do diretório /etc são desenvolvidos justamente para facilitar a edição manual. É verdade que na maioria dos casos isto não é necessário, graças aos inúmeros utilitários, mas a possibilidade continua aí. Os arquivos recebem o nome dos programas seguidos geralmente da extensão .conf. Por exemplo, o arquivo de configuração do serviço de dhcp é o dhcpd.conf, enquanto o do servidor proftp é o proftpd.conf. Claro, ao contrário do registro os arquivos do /etc não se corrompem sozinhos e é fácil fazer cópias de segurança caso necessário...

O diretório /mnt (de "mount") recebe este nome justamente por servir de ponto de montagem para o CD-ROM (/mnt/cdrom), drive de disquetes (/mnt/floppy), drives Zip e outros dispositivos de armazenamento. O uso do diretório /mnt é apenas uma convenção. Você pode alterar o ponto de montagem do CD-ROM para /CD, ou qualquer outro lugar se quiser.

Nada impede que você crie mais pastas no diretório raiz para armazenar seus arquivos. Apesar de ser recomendável em termos de organização e segurança, você não é obrigado a concentrar seus arquivos dentro do seu diretório de usuário. Nada impede que você logue-se como root, crie uma pasta /MP3, abra o menu de permissões para que seu login de usuário tenha permissão para acessá-la e a utilize para guardar suas músicas, por exemplo.

Fonte: GHD

sexta-feira, 4 de março de 2011

Rode e instale distribuições Linux através de um pen drive.

Você caro amigo que utiliza o Windows no seu computador mais sempre teve vontade de experimentar Linux sem se preocupar com grandes divagações técnicas, como dual-boots e termos afins?

Se a resposta for afirmativa, então procure por LiLi (Linux Live USB Creator). Esta aplicação permite instalar, caso queira, ou apenas iniciar em cinco passos um sistema completo e funcional de Linux, a partir de um pen drive, e sem alterar nada no Windows.

Em complemento, ao utilizar o software de virtualização VirtualBox, o LiLi possibilita a utilização do Linux no próprio Windows, sendo que suporta diversas distribuições conhecidas como Ubuntu, Kubuntu, Fedora ou Mint.

Faça o download livre do LiLi USB Creator em: http://www.linuxliveusb.com/

Além de toda mobilidade oferecida pelos sistemas bootáveis via USB, no Linux ainda temos a vantagem de criar versões live no pendrive, que nos permitem utilizar o Linux em qualquer micro sem necessidade de qualquer tipo de instalação física, apenas plugando o pendrive na máquina.

Outra dica para Linux bootável pela porta USB através de um pen drive....

Algumas distribuições Linux como o Fedora possuem o seu próprio programa de criação de discos bootáveis como o Fedora USB Creator ou o Ubuntu Creator. A desvantagem ou vantagem neste caso é que o aplicativo Fedora permite criar sistemas bootáveis no Windows e o aplicativo Ubuntu roda somente no próprio Ubuntu.

Outra opção que permite criar usbs bootáveis a partir de qualquer distribuição Linux é o aplicativo Unetbootin, que pode criar discos tanto através do Linux, quanto do Windows, basta fazer o download da versão desejada.

Rode o programa, escolha qual distribuição Linux deseja criar um boot, indique a ISO ou o cd de instalação da mesma e aproveite a viagem.

Espero que com essa dica possam aproximar mais curiosos e sem medo para o mundo Linux.


Manual de sobrevivência Linux.


O Manual de Sobrevivência Linux é um guia gratuito voltado para a parte técnica, indicado para usuário intermediários tentando para avançados. O objetivo do livro é de auxiliar o usuário de forma rápida e prática, ou seja, um Handbook.
Este manual encontra-se dividido em três partes, para melhor entendimento do mesmo:
Capítulo 1. Dicas e Princípios Básicos do Linux – Essa primeira parte consiste em uma introdução (Conceitos básicos) do que o usuário precisa saber para seguir em frente na leitura do livro. Caso seja leigo, é imprescindível que passe pelos “Conceitos básicos”. Também são abordadas algumas “dicas básicas” muito úteis que lhe ajudará no dia a dia para convivência com o Linux.
Capítulo 2. Comandos do Terminal – Para que possamos utilizar com maior facilidade o terminal de comandos do Linux (shell), saber os nomes dos comandos – às vezes, antes de saber o que eles executam – é de extrema necessidade. Também como abordagem, coloquei em prática as noções básicas descritas no Capítulo 1 deste manual. Complementando este capítulo, no final estão organizados os comandos específicos correspondentes a cada distribuição. É uma forma mais fácil de encontrar o comando que deseja, caso o mesmo só pertença a sua distribuição.
Capítulo 3. Dicas Avançadas – Essa parte é sem dúvida a “salvação” de muitos que utilizam o Linux e querem tirar o máximo de proveito do programa mas não sabem como. Aqui abordaremos assuntos importantes sobre como compilar programas
no Linux, como obter uma proteção para sua rede, compartilhar a internet com segurança, checar dispositivos(HD, CD-ROM, Disquete, etc), aprender a utilizar vários comandos em conjunto, e mais.
Autor: Tales Araújo Mendonça.
Baixe já !! Manual de Sobrevivência Linux (PDF)

Fonte: www.pliniotorres.com

Espero que gostem da dica.

Checando dependências de pacotes em Debian Linux e derivados.

Vamos aprender a verificar dependências de pacotes com a ferramenta apt-rdepends em sistemas derivados do Debian Linux. Uma coisa muito legal é que o apt-rdepends resolve dependências em recursividade, ou seja, não só mostrar as dependências de um pacote, mas também as dependências das dependências. Isso é ótimo, por exemplo, se você quer reconstruir um pacote a partir de fontes etc.

Vamos instalar o rdepends via apt-get:

# apt-get install apt-rdepends

Após ter instalado, vamos checar um pacote como exemplo:

# apt-rdepends firefox
Lendo lista de pacotes... Pronto
Construindo árvore de dependências
Lendo estado da informação... Pronto
firefox
Depende: firefox-3.0
firefox-3.0
Depende: debianutils (>= 1.16)
Depende: fontconfig
Depende: libatk1.0-0 (>= 1.20.0)
Depende: libc6 (>= 2.4)
Depende: libcairo2 (>= 1.6.0)
Depende: libgcc1 (>= 1:4.1.1-21)
Depende: libglib2.0-0 (>= 2.12.0)
Depende: libgtk2.0-0 (>= 2.12.0)
Depende: libnspr4-0d (>= 1.8.0.10)
Depende: libpango1.0-0 (>= 1.20.1)
Depende: libstdc++6 (>= 4.1.1-21)
Depende: psmisc
Depende: xulrunner-1.9 (<< 1.9~b6~)
debianutils
Pré-Depende: coreutils (>= 4.5.8-1)
Pré-Depende: libc6 (>= 2.7-1)
Pré-Depende: mktemp
.....

Para ter acesso a mais informações sobre o apt-rdepends, dê uma olhada no manual.

$ man apt-rdepends

Fonte:
Howtoforge

Espero que gostem da dica.